XXII Encontro Nacional Opel Clássico

22º ENCONTRO NACIONAL DO CLUBE OPEL CLÁSSICO PORTUGAL

 

Decorrendo no último dia de abril e primeiro de maio de 2022, o COCP realizou o seu 22º Encontro Nacional, o primeiro depois da pandemia de covid-19.

A bela cidade Invicta acolheu, no sábado, dia 30 de abril, a vintena de Opelistas que se deslocaram em belos clássicos, desde os anos 50, (Olympia descapotável e Olympia Rekord), aos 70 (Ascona A 1,6 e 1,9SR), 80 (Ascona C e Corsa A) e 90 (Kadett E e Astra F), a que se juntou um modelo raro e mais moderno, um Signum.

A concentração dos participantes deu-se nas instalações do concessionário Opel na Maia, a Auto Reno, onde fomos simpaticamente recebidos pela Lúcia Ferreira, tendo o agradável convívio sido complementado pela visita ao stand, onde se exibiram os mais modernos modelos da Marca, incluindo o Mokka-E que nos fez companhia no último salão Autoclássico.

A caravana rumou então ao Museu do Automóvel Clássico (particular) do Sr José Barros, situado no Porto (paredes-meias do Campus da Asprela da Universidade do Porto), onde nos esperava uma excelente colecção de automóveis clássicos, muito completa e ecléctica, com modelos raramente vistos em instituições do género, a que se juntou um avião supersónico de instrução que pertenceu à Força Aérea Portuguesa, completo com todos os acessórios!

Completando a bela manhã, os Opelistas foram recuperar forças num excelente almoço na afamada Churrasqueira Portuguesa do Amial.

 

O programa da tarde iniciou-se com interessantes visitas, nomeadamente:

Palácio da Bolsa

Edifício de estilo neoclássico, cuja construção se iniciou a 6 de outubro de 1842, data solene de colocação da primeira pedra, tendo sido dada como concluída em 1909, por ocasião da visita do rei D. Manuel II, pouco antes da proclamação da República.

O Salão Árabe, a joia do Palácio, foi inaugurado a 12 de junho de 1880, por ocasião das celebrações do tricentenário de Camões. As obras de construção deste emblemático espaço decorreram ao longo de 18 anos.

Conjunto das Igrejas e Museu de São Francisco

A Venerável Ordem Terceira de São Francisco do Porto (VOTSFP) possui e administra um importantíssimo património integrado, constituído pela Igreja Monumento do Antigo Convento de São Francisco, usualmente denominada como Igreja do Convento de São Francisco, repositório de numerosos estilos artísticos, pela Igreja dos Terceiros, de feição neoclássica, e pelo Museu de São Francisco, composto de um acervo de bens móveis integrados no espaço composto pela Casa do Despacho, pelas Catacumbas e por diversos espaços de exposição.

A Igreja do Convento de São Francisco, classificada como Monumento Nacional desde 1910, é uma Igreja franciscana do século XIV com interiores notáveis, que incluem retábulos barrocos e talha dourada, sendo um dos poucos edifícios medievais e a única igreja gótica que o Porto conserva.

Esta Igreja foi sendo sucessivamente enriquecida, a ponto de ser hoje considerada um dos mais ricos e belos repositórios de talha dourada de Portugal. O que mais surpreende é a riqueza barroca dos revestimentos a talha, trabalhados desde o século XVII a meados do século XVIII, bem demonstrando o trabalho excecional dos entalhadores portuenses.

A Igreja dos Terceiros, herdeira de dois espaços sacros anteriores (a Capela de Santa Isabel e a primeira Igreja da Rainha Santa Isabel, ambas erigidas no Século XVII), começou a ser construída no final do Século XVIII e representa o início de uma nova arquitetura classicista religiosa no Porto.

O Museu de São Francisco está instalado na Casa do Despacho, da autoria do arquiteto Nicolau Nasoni, e inclui a Sala do Tesouro, a Sala das Sessões e o respetivo Cemitério Catacumbal.

A Casa do Despacho, concluída em 1749, é um exemplar de realce da arquitetura do Porto do século XVIII, bem representativa da sensibilidade barroca.

Findas as visitas da tarde, a caravana dirigiu-se ao hotel Via Norte onde se realizou a 15ª Assembleia Geral, de carácter eleitoral, tendo sido eleitos os novos Órgãos Sociais para o triénio 2022-2025, fechando-se o primeiro dia com o jantar no restaurante Luso-Brasileiro em Leça da Palmeira, já o dia ia longo, mas muito bem preenchido.

 

No domingo, 1/5, a caravana Opelista preparou-se para mais um conjunto de belas visitas:

Mosteiro de Leça do Balio

O Mosteiro de Leça do Balio, onde se inscreve a Igreja de Santa Maria de Leça do Balio, localiza-se no concelho de Matosinhos. Vizinho à foz do rio Leça, trata-se de um original exemplar de arquitetura religiosa fortificada

Este Mosteiro representa a primeira sede da Ordem do Hospital em Portugal, e, em conjunto com a igreja, constitui uma das primeiras construções góticas do país de grande qualidade e monumentalidade, cujas ampliações e reformas lhe deram feições de natureza militar em estilo românico, tendo como elemento mais marcante uma sólida torre ameada.

Aqui foi celebrado o matrimónio do rei D. Fernando com D. Leonor Teles, tendo sido classificado como Monumento Nacional por Decreto de 1910.

Terminal de Cruzeiros de Leixões

Este belíssimo exemplar da arquitetura contemporânea, inaugurado em 2015, é já um ícone incontornável da paisagem da marginal de Matosinhos e do Porto.  O novo terminal de cruzeiros do Porto de Leixões é uma estrutura de 40 metros de altura, em espiral revestida de cerca de um milhão de azulejos brancos fabricados pela Vista Alegre.

Aqui tivemos a oportunidade de integrar uma interessante visita guiada que nos desvendou a história da construção deste porto marítimo e do próprio edifício, das suas funcionalidades e caraterísticas peculiares e arrojadas, que a todos surpreendeu, e que já lhe conferiram diversos prémios e distinções.

 

Para terminar mais esta bela jornada de confraternização do COCP, o almoço decorreu no restaurante 107, em plena azáfama do Dia da Mãe.

Reconfortados os estômagos, distribuídas as lembranças e feitos os agradecimentos (ao Sócio Avelino Dias – o organizador do Encontro que contou com a preciosa contribuição do Sócio Vasco Rei, e ao Sócio Carlos Inácio – fornecedor das belas placas comemorativas do evento, bem como a todos os participantes) os Opelistas rumaram às suas origens, reconfortados pelas belas visitas que lhes foram proporcionadas e por retomarem, depois de 2 anos de interregno, o já habitual excelente convívio da Família Opel Clássico.